terça-feira, 22 de setembro de 2015

Minha pátria



Compatriotas meus
Meus poemas correm céleres para os céus
Morrem cedo pela bandeira
Que é solo pisado por
Migrações de alma verdadeira.

Honram o sangue belicosos que
É instável e que procura
O Escondido que perdura.

Versos meus combatentes de
Um combate já perdido - meu peito
Mausoléu de soldado desconhecido.



                                               Paulo José Borges

domingo, 20 de setembro de 2015

Mascarada

Dou por mim
Numa fase em que
Cada rosto com que me cruzo
Me parece familiar.

Felizes, cansados, irados, todos conhecidos
Em tese.
Arquétipos do meu passado.

Mas na verdade
Se os interrogo
Ninguém me conhece
Ninguém.

Nem mesmo tu.

                         Paulo José Borges