a Jorge Luis Borges
Os tigres, três, são
Labirintos engendrados.
Refletem-se em sonhos mal visíveis,
Deambulam amblíopes em ambíguos espelhos
De lendas, sagas e de circos
Que em criança eu cravei na memória.
Depois, fugidios, em bibliotecas de papel, babel, digo,
Os procurei, qual conjurado,
Até me voltarem de novo
Em arquétipos dourados de garras
E de mel.
Paulo José Borges
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Eternal Sunshine
para Suzana
A memória cresce pequenina, fraquinha,
Ou esquecida da vida que foi.
Mas cresce como águas declinadas de montanhas voadoras.
Cresce em sabedoria, em RAMS e ROMS e faz spotless backups nos
Riscos duros da vida.
A memória é lembrares-te de mim
Mesmo toda formatada ou com hard reset.
A memória é a ligação sem fios à tua bondade.
Paulo José Borges
sábado, 3 de setembro de 2016
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