Não leves a mal este pequeno reparo
Não te sentes ao meu lado
Não me sorrias não me abraces
Não apareças
Pela tua saudinha
Não faças that thing you do
Não me cheires bem
Não me sorrias não me abraces
Se apareceres desconhece-me
desgosta-me
Não me trates bem
Não suporto isso
Não me fales com a tua voz de mil cores
Não me apareças
Não te vás embora
Acima de tudo não te mexas
Que me abalas todo.
Podes ir
Fecha a porta
Não me sorrias não me abraces.
Paulo José Borges
domingo, 26 de março de 2017
sábado, 11 de março de 2017
Poema fechado à chave
desenho de Rui Cavaleiro
Quando menos esperares,
Vou irromper por essa porta,
Cruzar essa entrada,
Enfiar-me por esse acesso,
Ultrapassar esse limiar,
Enveredar por essa abertura,
Penetrar por essa ombreira,
Insinuar-me por essa fenda,
Introduzir-me por esse umbral adentro,
Infiltrar-me por essa soleira,
Galgar esse portão.
E depois nem queiras saber...
O que não seria se vivesses mais perto...
Paulo José Borges
domingo, 5 de março de 2017
Poema de não ver
a cegueira é a primeira e
a última nudez
é voltar à infância num quarto escuro
e rirmo-nos muito
do nervoso
com medo de que quem nos toque
assuste (maior insídia seria que nos abraçassem)
e esperar esperar já de riso
embaciado
afinal quando é que nos acendem a luz
Paulo José Borges
a última nudez
é voltar à infância num quarto escuro
e rirmo-nos muito
do nervoso
com medo de que quem nos toque
assuste (maior insídia seria que nos abraçassem)
e esperar esperar já de riso
embaciado
afinal quando é que nos acendem a luz
Paulo José Borges
quarta-feira, 1 de março de 2017
Poema do num sei
o humor pode ser aguda lança
o silêncio pode ser falta de respeito ou ignorância
dar-te conselhos pode ser a mais profunda arrogância
o que queres de mim afinal
Paulo José Borges
o silêncio pode ser falta de respeito ou ignorância
dar-te conselhos pode ser a mais profunda arrogância
o que queres de mim afinal
Paulo José Borges
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