sábado, 25 de fevereiro de 2017

Poema das escondidinhas

... noventa e seis, noventa e sete, noventa e oito, noventa e nove, cem.
Alerta alerta: quem ficar atrás de mim fica fica fica mesmo.

Já sei onde estás. Vai ser fácil.
No armário, debaixo da cama, atrás do cortinados, na sala,
na cozinha, na casa de banho...................................
.................................................................................

Ah, estás lá fora, Espera que já te encontro.
Atrás do carro, na carrinha de caixa aberta,
nos arbustos, atrás da roupa a corar, nos tanques,
no patamar do quarto andar.....................................
.................................................................................

Já chega, estou há que tempos nisto.
Aparece. Estás a ouvir? Aparece.
Não está a ter piada. Ganhaste. Aparece.

Que rico amigo me saíste.

Alerta alerta: quem vier atrás de mim fica fica fica mesmo.

                                                                                           
                                                                                       Paulo José Borges

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Est-ce que je comprends cette sorte de murmure inquiet et angoissé ? je ne sais pas

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    1. Ce texte parle de cache-cache. Il peut être interprété comme quelqu'un qui cherche le transcendant.

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