quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O outro prado




Tragam-me árvores daí de cima
e ramos e folhas
um ou outro fruto e um pássaro esporádico
e estendam-me um prado
de sombras frondosas que eu não gosto
de sol directo.

Tragam-me uma brisa quase tépida que
eu não aprecio vento pelas costas
e dêem-me uma ideia de rio
e uma sensação de ponte
que me ofereça um plano
de fuga para outro prado.

Estendam-me uma espreguiçadeira
no verde de uma casa que tive um dia
e fecho os olhos e vejo as
nuvens previsíveis e inéditas
e adormeço no silêncio preenchido
que vem cá de baixo.

                                              Paulo José Borges

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